A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um demonstrativo contábil que tem por finalidade evidenciar a riqueza que foi gerada pela companhia em um período de tempo e a forma como ela foi distribuída entre diversos setores envolvidos no processo.
A base da DVA é formado pelo conceito do que é “riqueza”, corresponde à diferença de valores entre aquilo que empresa produziu e os bens e serviços que ela utilizou nesse processo, que foram produzidos por terceiros.
Uma empresa, para exercer sua atividade, compra matéria-prima, contrata trabalhadores e pega financiamentos bancários, por exemplo. Tudo isso pode ser medido em valores monetários. Ao colocar no mercado seu produto ou serviço, seu valor será maior do que a soma dos fatores adquiridos para sua produção. A esse valor “adicionado” durante o processo denominamos de riqueza gerada.
Para a elaboração do Demonstração do Valor Adicionado, são utilizadas informações disponíveis na Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) – documento que também é elaborado pela contabilidade da empresa.
A DVA começa distribuindo as informações dos valores que a empresa recebeu:
A diferença entre os valores do primeiro e do segundo grupo representa o valor adicionado bruto:
Depois de detalhar como a empresa gerou riqueza, a segunda metade da DVA tem como objetivo mostrar como ocorreu sua distribuição.
A distribuição da riqueza inclui ainda a remuneração da riqueza de terceiros e, por fim, a remuneração dos capitais próprios da companhia, que é onde são informados os lucros retidos pela empresa e os lucros distribuídos entre seus sócios, dentre outras informações.
O resultado apurado na primeira metade do relatório, ou seja, o valor adicionado total distribuído, precisa ser obrigatoriamente igual ao resultado da segunda metade da DVA, que corresponde à distribuição do valor adicionado. Se isso não ocorrer, há erro na contabilidade.